"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Dose Tripla

No último final de semana estive em Vitória da Conquista, a trabalho, e dei uma esticada a Poções.

Em Conquista, me encontrei com um dos maiores artistas plásticos que Poções produziu para o mundo: - Adilson Santos. Os quadros pintados por ele estão em paredes do mundo inteiro. Depois de muitos anos no Rio de Janeiro, ele voltou para a Bahia e montou o seu ateliê naquela cidade. A sua arte é igual às velhas garrafas de vinho – sempre melhor.

O que mais me impressiona nas suas pinturas são os detalhes que lembram a minha infância. Afinal, poçõenses da minha idade têm os mesmos sentimentos.

Adilson sempre me fala da saudade que sente dos vizinhos da Lapinha. Por Zoma e João Batatinha, os seus amigos de infância, ele sempre alimentou um carinho especial. Quando eu me encontrava com Zoma, a primeira pergunta era em relação a Adilson. O mesmo acontece com João Batatinha, que também não esquece de perguntar pelo amigo. Nesse sábado, Adilson me perguntou: - Tem notícias de João Batatinha?

Enquanto almoçava com ele no Caminho da Roça, no Alto Maron, entra Dino Gusmão trazendo Irundy Dias e Noélia Gusmão Dias. Não posso deixar de escrever e demonstrar o carinho especial que tenho pelo casal. Sentei-me ao lado dele e trocamos alguns minutos de conversa boa, da família, de netos, bisnetos e Afonso Manta, seu irmão.

Se os quadros de Adilson trazem as recordações da infância, o casal me traz as recordações do tempo de pré-adolescência e adolescência. É como se passasse um filme dos tempos do Ginásio, de um passado sem volta.

Se vocês não sabem, a minha primeira viagem para fora da Bahia foi a excursão ao Rio de Janeiro, comandada por Irundy, onde acabamos assistindo ao empate de Botafogo e Grêmio no Maracanã.

À noite, lá em Poções, de repente, surge Chico Schettini com um violão na mão. Ao lado da barragem de Morrinhos, Chico fez uma seresta e trouxe as lembranças dos velhos tempos das noites nos jardins da cidade.
Já comentei esse fato e repeti na noite do sábado: Chico foi o meu grande incentivador indireto para escrever as crônicas sobre Poções. Ele escrevia para o site Terra do Divino e percebi que o meu estilo de escrever era bastante parecido com a forma que escrevia. Inesperadamente, deixou de colaborar com as suas escritas e sempre cobro para que volte a ativa. Está, diariamente, às sete da manhã, no comando de um programa na Radio Liberdade de Poções http://www.liberdadefmpocoes.com.br/ (você escuta ao vivo na internet).

Depois dessa dose tripla, fui ver o significado da palavra acaso: Acaso (do latim a casu, sem causa) é algo que surge ou acontece a esmo, sem motivo ou explicação aparente.

Será?
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Um comentário:

  1. Salve, Lulu!

    Tomara que saia logo o livro reunindo todos os "causos" narrados aqui. Até que tentei ir guardando, mas o tempo e outras ocupações me fizeram perder o fio...
    Numa dessas visitas à terrinha, dê uma parada para um cafezinho.
    Abraço

    Em tempo: Decidi que seria professora de Geografia quando tive aulas dessa matéria na 6ª série com a professora Noélia... Um abraço pra ela.

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